O senador Romero Jucá (PMDB-RR) entregou nesta segunda-feira (17) a 
versão final do relatório do Orçamento de 2013, com salário mínimo de R$
 674,96 para o ano que vem. A proposta original do governo era de 
aumento do mínimo de R$ 622 para R$ 670,95, mas o cálculo da inflação 
foi reajustado e o mínimo deve acompanhar. A votação do Orçamento de 
2013 no plenário do Congresso está marcada para esta quarta-feira (19).
Nos últimos anos, houve dificuldade para aprovar o Orçamento, mas o 
texto sempre acabou sendo aprovado antes do recesso parlamentar. Se o 
Orçamento não for votado, o Congresso não pode entrar em recesso, no dia
 22 de dezembro.
De acordo com Jucá, cálculo da inflação em 2012 foi reajustado e, por 
isso, houve o pequeno aumento no valor do mínimo. O reajuste 
representará um gasto adicional de R$ 1,360 bilhão, segundo o relator.
“Cumprimos a lei, com o reajuste da previsão da inflação. Por isso esse aumento do mínimo”, afirmou Jucá.
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Romero Jucá afirmou ainda nesta segunda que “não foi possível” conceder
 reajuste maior para o Poder Judiciário do que os 5% propostos pelo 
Executivo. “Mantivemos o reajuste dos servidores públicos tanto do 
Judiciário, como do Legislativo e do Executivo em 5%. Tratando todos com
 equidade”, disse.
O reajuste é menor do que o reivindicado pelo Judiciário e já estava 
previsto no Orçamento de 2013 enviado pelo Executivo. Em setembro, o 
então presidente do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto, 
enviou projeto de lei ao Congresso solicitando ajuste de 7,12% em 2013.
Com o aumento de 5%, o salário de ministro do Supremo passará de R$ 
26.737,13 para R$ 28.059,28. Pela proposta orçamentária enviada pelo 
Executivo e mantida por Jucá, o impacto dos reajustes de 5% para o 
Judiciário será R$ 964 milhões, em 2013.
Para os servidores do Legislativo será de R$ 285 milhões. Para 
servidores do Ministério Público da União, será de outros R$ 123 
milhões. No total, a despesa com pessoal, somado Executivo, Legislativo e
 Judiciário, além do MPU, será de R$ 12,912 bilhões no ano que vem.
Emendas
O relator do Orçamento afirmou que incluiu no projeto proibição ao 
Executivo de utilizar emendas parlamentares individuais e de bancada 
para outras finalidades que não as previstas na proposta aprovada pelo 
Congresso.
As emendas parlamentares são apresentadas por deputados e senadores e 
incluem no Orçamento obras e projetos direcionados a estados e 
municípios onde têm bases eleitorais.
“No andamento do Orçamento muitas vezes o governo precisa suplementar 
recursos em determinados programas. Para isso precisava tirar de algum 
lugar. Uma das fontes de suplementação era a emenda parlamentar. Com 
essa proibição, as emendas só poderão ser remanejada se houver 
concordância da bancada”, disse o relator.
Previsão de crescimento
Jucá afirmou foram mantidas as previsões econômicas do governo. A 
proposta de orçamento prevê um crescimento do Produto Interno Bruto 
(PIB) brasileiro de 4,5% em 2013, com um PIB nominal de R$ 4,973 
trilhões. A previsão de inflação é de 4,5%.
Mas o relator aumentou em R$ 22 bilhões previsão de R$ 1,23 trilhão em 
receitas, em 2013. “Aumentos a receita em R$ 22 bilhões, dos quais R$ 21
 bilhões irão para investimentos em áreas estratégicas. Recompus 
investimentos estratégicos prejudicados, como corte em programas de 
atendimento de água. Outro corte que recompusemos foi no Minha Casa, 
Vinha vida, que tinha sofrido corte de R$ 900 milhões”, disse.
G1 

 
 
 
 
 
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