Bolsonaro acolheu os
vetos sugeridos pela equipe econômica do governo. Ele vetou um trecho que abria
exceções em relação ao congelamento dos salários de servidores – com isso, não
haverá reajustes para servidores até o final do ano que vem – e outro que
permitia a estados e municípios suspender o pagamento das dívidas com bancos e
organismos internacionais.
O projeto foi aprovado
pelo Congresso Nacional para ajudar estados e municípios a enfrentarem os
efeitos causados pela perda de arrecadação durante a
pandemia do
coronavírus e reforçar ações de assistência social.
A proposta foi
aprovada em
6 de maio, e sancionada cerca de três semanas depois. O texto enviado pelo
Poder Legislativo prevê que a União vai transferir diretamente a estados e
municípios R$ 60 bilhões, divididos em quatro parcelas mensais.
O projeto do Congresso
ainda suspende as dívidas de estados e municípios com a União, inclusive os
débitos previdenciários parcelados pelas prefeituras que venceriam este ano.
Esse ponto pode gerar um
impacto
de R$ 60 bilhões à União.
O repasse direto, em quatro parcelas, será dividido
da seguinte forma:
R$ 50 bilhões em compensação pela queda de
arrecadação (R$ 30 bilhões para estados e DF; R$ 20 bilhões para municípios);
R$ 10 bilhões para ações de saúde e assistência
social (R$ 7 bilhões para estados e DF; R$ 3 bilhões para municípios).
Servidores
Vetos presidenciais a trechos de projetos aprovados
pelo Congresso Nacional precisam
ser analisados pelos parlamentares. Se deputados e senadores decidirem derrubar
a decisão, o trecho da lei é restabelecido. Não há prazo para a análise.
O projeto
Inicialmente, o projeto
previa como contrapartida para a ajuda o congelamento de salários de servidores
municipais, estaduais e federais.
Quando o texto tramitou
pela primeira vez no Senado, os senadores
abriram
uma exceção e permitiram reajuste para servidores civis e
militares que atuam diretamente no combate à pandemia de Covid-19:
profissionais das áreas da saúde, da segurança e das Forças Armadas.
Essa costura no texto
foi feita com aval do Palácio do Planalto. A previsão era que, mesmo com a
exceção aberta pelos senadores, a União pouparia R$ 93 bilhões com o
congelamento nos salários.
Quando o texto chegou à
Câmara, os deputados decidiram aumentar a lista de categorias com possibilidade
de reajuste.
Com G1.